O meu caso

Tenho 58 anos e fui operado em 1989 ao intestino com um diagnóstico posterior de doença de Crohn. Apesar de estar a ser seguido pelo hospital a uma hepatite e posteriormente colangite escloresante, apesar de 3 meses antes ter feito uma colonscopia para despiste do Crohn, apesar de ter uma irmã operada ao Crohn há 36 anos e um irmão operado há 32 anos a tuberculose intestinal, apesar de me queixar desde os 20 anos a diversos médicos, não consegui um diagnóstico precoce da doença que sempre suspeitei ter, apesar das sucessivas respostas médicas de “não tem nada no intestino, deve ser psicológico”.

Posteriormente a tirar 1 metro do ilion terminal começou outro sofrimento: controlar as dejecções, que à mínima crise faziam-me passar o dia na casa de banho. Pastilhas para os nervos e para controle da bílis eram necessárias mas não suficientes para controlar todas as crises. Ao fim de 2 anos de convalescença e cansado da inoperância da medicina convencional resolvi tomar o assunto em mãos. Comecei por tentar retirar cada um dos 3 medicamentos, sem sucesso, chegando a acreditar no médico que me vaticinou precisar deles até ao fim da vida.

Por conselho dum massagista amigo, tentei a ameixa Umeboshi com sucesso: conseguia muito menos dejecções diárias, tinha de tomar era a todas as refeições o que me ficava um pouco caro.

O mesmo amigo sugeriu-me então que mudasse para a alimentação macrobiótica que eu já conhecia bem desde os meus 18 anos, quando passei 3 meses num centro macrobiótico francês. Senti-me na altura muito bem (como nunca), continuei essa alimentação até me casar aos 21, pois não quis impor tal regime à família. Tal como então senti-me  logo melhorar, e até hoje tenho seguido esse regime com satisfação, apesar de fazer algumas concessões e facadinhas.

Não obstante não consegui deter a progressiva degradação do fígado que, em 1999 me fez passar 1 ano de baixa por cirrose (tambem esta só diagnosticada ao fim do ano de baixa, apesar de sempre acompanhado medicamente). Bem tentei alguns medicamentos que me receitaram mas nada conseguia aceitar: os para o fígado faziam mal ao intestino, os para o intestino (que também se foi abaixo) faziam mal ao fígado.

Posteriormente comecei a criar pedras na vesícula e nos 2 rins (4 crises de vários dias cada, tive mesmo de ser hospitalizado na última, em 2009). Fiz 6 litotríceas, por duas vezes limpei o rim esquerdo, mas o rim direito tinha 3 pedras com cerca de 1 cm cada que nunca consegui tirar de vez dada a sua posição.

Entretanto nas minhas pesquisas sobre suplementos para equilibrar o meu intestino descobri o Kombucha referido num livro “Coud Yeast be your problem” (Pode o fermento ser o seu problema) que me ajudou bastante a redefinir a minha dieta em 1991. Fiquei intrigado com a quantidade e disparidade de referências elogiosas a este produto na net, e resolvi experimentar o produto com espírito aberto mas, para meu espanto, tive de importá-lo de França (em Portugal era muito raro e caro).

Eis o diário das 6 primeiras semanas que o tomei (em 2006):

14 Jul – recebo o meu 1º bebé, segui a receita normal, chá preto e verde misturados com açúcar branco, fiz só 1 lt pois achei o bebé tão pequenino…..

24 Jul – Colhi o meu 1º chá e fiz outro maior (2 lts)

25 JUL - comecei a tomar de manhã em jejum 1/3 do copo, sabe bem.

27 Jul – começo a notar os 1ºs efeitos: mais energia, apesar de dormir menos 1 hora em média que o costume, sem necessidade das habituais sestinhas à tarde. O intestino também regula melhor, menos idas à casa de banho (de 6 passaram a 2-3/dia), com menos muco e deixei de sujar tanto a sanita.

28 JUL – Mandei vir mais 2 cogumelos, estou impaciente por dar a experimentar aos amigos, sinto-me com mais forças e humor, o fígado não chateia, o intestino continua a portar-se bem.

30 JUL - Não sei se há relação, mas urinei areias (ainda tenho pedras no rim que não saíram da última litotrícia)

31 JUL – Colhi o meu 2º lote (1,2 lt), passei a tomar também antes do almoço 1/3 de copo. Comecei a compilar uma receita em Português a partir de mais de uma dúzia que vi na net.

3 Ago – Encomendei mais 4 bebés, sinto que preciso passar a palavra mas a maioria das pessoas não quer trabalho, tenho de lher dar o peixe antes de as ensinar a pescar, por isso tenho de produzir maiores quantidades de chá.

4 Ago – pesei-me e acho que aumentei ligeiramente (66 Kg) apesar de sentir o meu pneu mais pequeno (88 com na barriga e 86 cm na cinta). Assim vou poder controlar melhor. Será que estou a proveitar melhor o que como?

5 Ago – Passo a 1 copo diário (em 3 tomas - manhã, almoço e antes do jantar).

6 Ago – Começo a dar bebés e chá a uma amiga ligada à investigação biológica que desconhecia o produto.

7 Ago – Sinto voltar o meu líbido

8 Ago – Colho 3, 6 lt. Experimento fazer 5,5 lts em processo contínuo (numa caixa frigorífica de bom plástico com torneira), o resto (3 lts) normalmente

10 Ago – pelo 1ª vez sinto uma cólica que logo passou sem necessidade da minha ameixa (Umeboshi).

12 Ago – Comprei duas grandes panela de aço (12 e 15 lt) e um passador chinês de aço para mergulhar o chá na panela sem necessidade de o coar. Fiz 14 lts.

14 Ago – Começo a distribuir pela família o Chá

15 Ago - A minha mulher começa a tomar. Confirma-se que aumentei de peso desde 4 Ago (1,9 Kg), mas sinto-me bem (nunca me senti gordo).

16 Ago – Tiro o 1º lt de Kombucha do termos, sabe bem, substituo-o por chá açucarado frio que deixei de lado do último lote.

17 Ago – Vou de férias ao Alentejo carregado de KT e de bebés para os amigos (5). 3 dias a comer fora e só uma crise que atalhei prontamente com a minha ameixa (a 1ª e única vez nestas 6 semanas)

20 Ago – Fiz 16 lts de KT e colhi 12

21 Ago – Recebo mais 4 bebés de França

23 Ago – Resolvo só usar açúcar e chás biológicos (embora mais caros, já que este “remédio” merece o melhor). Neste lote uso água de garrafão (12 lt), colhi 13 bebés e 6,5 lts. Utilizo a carcaça dum purificador de água de 5 lts com torneira em processo contínuo.

25 Ago – Janto fora sem problemas. Nota que já não chateiam mais as hemorróidas e que o cabelo está mais brilhante e sedoso.

26 Ago – Compro um jarro grande de 12 lt em madeira de carvalho, onde espero colocar uma torneira e fermentar dum modo mais natural que no plástico. Aumentei a dose para cerca de 200 x 3 = 600 ml/dia

27 Ago – Carreguei o jarro de madeira com 9,5 Lt de líquido e 7 bebés, acrescentei um pouco de roibos e chá 3 anos à mistura de chá verde e preto normais.

 28 Ago – Começo a mandar por correio para os amigos. Começo a fazer obras em casa (3 dias), fico estupefacto com a minha coragem e energia, parece que voltei a ter 20 anos.

30 Ago – Colhi 2 ricos bebés e 4,5 lt da caixa frigorífica que limpei e arrumei, pois desisti dele. Continuo a dar a mais familiares. Mandei para o 1º cliente na net (Miau), o que apesar de dar prejuízo me deu uma enorme satisfação.

ACTUALIZAÇÂO

Ao fim destes anos, verifico que:

·         O meu peso estabilizou nos 65 Kg (o ideal para os meus 1,70 m),

·         sinto-me cheio de energia,

·         as pedras dos rins diminuiram (3 de 1 cm para 2 de 6 mm) quando antes aumentavam.

·         A cirrose e o crohn estão em remissão, mesmo nas análises clínicas

·         Fiz 6 peregrinações a Santiago sem problemas, mais de 600 Km sempre bebendo o Kombucha para eliminar a fadiga muscular.

·         Tenho uma vida bastante activa apesar de reformado, sem crises nem doenças.

·         Já consigo sair fora da minha dieta (macrobiótica) durante dias seguidos sem me sentir a morrer.

Este é o meu diário, que mal retrata a impressão geral da bênção que foi para mim conhecer esta maravilha. Que sem fazer milagres, trouxe uma esperança de equilíbrio, energia e desintoxicação que só lamento ter acontecido tão tarde.

Por isso este entusiasmo todo por divulgar este nectar dos Deuses, este exilir que me devolveu uma juventude que nunca tive tão plena de energia e bem-estar. Sinto-me obrigado a pagar ao Universo esta enorme dívida, fazendo com que ele se torne conhecido pelo maior número de pessoas possível, lançar a “moda” do Kombucha.

Sérgio Pinho